quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Que venha o novo (e bom) rock and roll

O Tiago Perez é o novo contratado da Die Hard. Auxiliar de vendas e parte da equipe online, ele tem uma banda, a Álacre, citada no texto abaixo. Pedimos para ele mais infos sobre sua banda, uma vez que nós da Die Hard estamos identificando (prevendo?) um movimento de bandas nacionais de rock’n’roll que cantam em português que está pra estourar e que, cremos, a banda dele seja uma delas, aí ele foi além, pediu pra noiva dele, a Samara, que já trabalha na produção de textos e divulgação, e ela mandou ver, fez um elogioso trabalho, que você vai conferir agora... Obrigado (mesmo) Samara, valeu Tiago Perez, todo o sucesso pra sua e pras demais bandas do estilo, que são da mesma família dos Mutantes, Terço, Bolha, Peso, Made in Brazil, Golpe de Estado, Dorsal Atlântica, Patrulha do Espaço, Violeta de Outono, Exxótica, King Bird, etc. etc. etc.
Vincent Morrison


Que venha o novo (e bom) rock and roll

Se você não é nem um pouco fã daquilo que está rolando na mídia e está de saco cheio dessa tormenta (ou seria “atormenta”?) chamada emocore já deve ter se perguntado se não existe nada novo no rock nacional. Algo que não seja mais um desses grupos com pose de “mamãe quero ser macho”, que tocam o chamado hardcore emotivo com versos melosos. As bandas brasileiras em destaque se mostram muito parecidas entre si, no som, letras, visual e atitude, utilizando sempre as mesmas fórmulas comerciais. A publicidade em cima delas e a influência desse segmento visivelmente impregnada nos jovens de hoje é fato que causa tristeza aos amantes do verdadeiro rock, tenham eles 15 , 35 ou 50 anos ou mais.

Apesar dessa moda ainda estar em evidência ela já está saturada e com os dias contados. O cenário musical está apenas esperando algo original aparecer, que renove o que já existe e resgate a identidade do rock que é pura e descomplicada. Que fique claro que ao mencionar originalidade não nos referimos ao tal rock moderninho que é na realidade um pop mais agressivo. Falamos sobre o algo diferente que já está surgindo fora do mainstream. Existe muita coisa nova e de qualidade surgindo por aí, esperando uma oportunidade para estourar. Bandas que possuem em sua essência os toques do bom e velho rock and roll, porém com estilo atual e que fogem completamente desse modelo que impera nas TVs e rádios.

É o caso a banda Álacre (www.myspace.com/alacre). Com a intenção de mostrar os elementos dos clássicos com uma nova roupagem, o quinteto é formado por Tiago Perez na voz, Fernando no baixo, Everton “Joe FireStone” na guitarra base, Shock na guitarra solo e Eduardo na bateria. O instrumental é direto e as composições são simples, porém ricas. Suas letras falam sobre renovação e busca pelos ideais, muitas vezes de uma maneira bastante intimista. O Álacre tem uma pegada hard rock com riffs pesados e contagiantes além de uma levada animada. Junte a isso uma voz cativante e de personalidade. A inovação dos rapazes agrada a gregos e troianos, pois tanto os que curtem a força do rock quanto os que se identificam com as letras positivas são atraídos pela música.

Outra que promete é a Inrótulo (www.myspace.com/inrotulo). A turma da zona sul de São Paulo está junta há 6 anos e passeia pelo pop rock, grunge, punk e até metal, e tem uma sonoridade ímpar, agregando voz forte e muita criatividade. Os vocais ficam por conta de Jota Erre, as guitarras são de Magro e Rodrigão, no baixo, Fernando e na bateria, Ricky. Peso e autenticidade. Como o próprio nome já diz, não dá para rotular esses caras como apenas um único estilo.

Não poderíamos deixar de ter uma representação feminina tendo em vista o aumento do número de bandas de mulheres no Brasil. Aqui o exemplo de atitude e batom são as garotas da Hell’o Bitch (www.myspace.com/hellobitchrock). O nome já é uma boa indicação do estilo dessas moças, que de delicadas e meigas não têm nada. Algumas pitadas de hardcore, letras irreverentes e uma voz com muita expressão. Com Mikkie no vocal e contrabaixo, Sabre na guitarra solo, Cacau na guitarra base e Camys na batera, a Hell’o Bitch é uma amostra de que a mulherada sabe fazer um barulho bom para barbudo nenhum botar defeito.

Além de possuírem características das várias divisões do rock e de trazerem de volta algumas peculiaridades de grupos que marcaram época, essas bandas também possuem o vocal em português, o que acaba sendo um diferencial e um desafio para o som feito por eles. É uma maneira de levar a mensagem das letras a um maior número de pessoas em nosso país sem intermediários, sem perder a potência e sem soar brega. É o rock nacional propriamente dito com seus os versos e rimas ao alcance de todos.

Alguns portais na internet são uma boa ferramenta para a descoberta de novas bandas ou cantores. São canais de informação musical que dão atenção e valorizam a produção da galera que está fora da mídia. Eles são recheados com um conteúdo que inclui textos, MP3, vídeos, links e uma infinidade de recursos tanto para quem faz a música e precisa transmiti-la ao mundo quanto para quem está em busca de originalidade para os ouvidos.

No Rockwave (www.rockwave.com.br) além encontrar novas bandas, ouvir suas músicas e fazer o download das mesmas, é possível conferir as notícias, a agenda de shows e até ouvir uma rádio que toca apenas a produção underground. Há também o Bandas de Garagem (www.bandasdegaragem.com.br) que possui uma lista de lugares onde as novas bandas se apresentam, ranking com as músicas e artistas mais ouvidos, além de um programa de rádio com entrevistas. Podem ser citados muitos outros como o Palco MP3 (www.palcomp3.cifraclub.terra.com.br), o OI Novo Som (www.oinovosom.com.br) e o Garagem MP3 ( www.garagemmp3.com.br), que abrem espaço para a nova música, bastando apenas ao leitor garimpar o estilo de som que mais lhe agrade.

Aqui foram citadas apenas 3 bandas dessa geração que vem por aí, mas existem muitas outras com sonoridade, influências, estilo e visual variados, prontas para cair no gosto do público, seja ele fã de heavy metal, hard rock, grunge, punk, hardcore, blues ou tudo isso junto. Esse movimento está crescendo, estas novidades estão borbulhando e é preciso que os holofotes estejam voltados para a cena underground para que um novo fôlego seja dado à música e a reforma seja feita.

Samara Ventura samaraventura@hotmail.com

2 comentários:

Anônimo disse...

E aí pessoal, tudo blz !

Recentemente comprei o 'TMWWWND' do Blaze Bayley com vcs e deu todo ok! Bem gostaria de saber se a loja ñ tem como disponibilar outros trabalho solo dele.

Stay Heavy !

DIE HARD disse...

Dos trabalhos em catálgo o Silicon Messiah, importado, a R$ 60,00 e o Blood and Belief, nacional, a R$ 25,00. Quanto a licenciamentos no Brasil, estamos em contato com ele, o DVD está em negociação com alguns selos, mas temos de aguardar mesmo. Por favor, este tipo de questionamento será atendido com mais eficiência e prontidão através do e-mail diehard@diehard.com.br, ok? Aqui demoramos a ler... Obrigado e abraço...